quarta-feira, 30 de maio de 2012

Viva a geração protesto!

Acho graça de certas coisas, na esperança de exterminar qualquer vestígio de revolta e contrariedade, mas é vão! É interessante como com o passar do tempo as “resignificancias” das coisas nem sempre pendem para a positividade e retrocedem, ou evoluem tanto que assusta! O que antes era “politicamente correto” passa a ser caretice, o que era marginalizado passa a ser banalizado, opinião passa a ser inútil se não for generalizada, revolução vira baderna e direitos humanos passam a ser resumidos pelo direito de fumar sua ervinha plantada no quintal de casa... Lamentável, tanto absurdo. Acho ridículo a “Marcha da maconha”...Enquanto pessoas estão saindo nas ruas protestando a proibição do uso da maconha, não existe protesto para melhorar as políticas públicas, nem Marchas para a criação de novas políticas sociais que surtam efeito real na amenização da desigualdade social no país. O brasileiro preocupa-se mais com o direito de perder sua sobriedade fumando “a macoinha nossa de cada dia” do que com as malezas sociais tão gritantes ao nosso redor e derredor ! E o que chega a ser ainda pior, é que tem pessoas que acham essa inconformidade uma “auto promoção de boa moral”! Não era pra ser “normal” a comoção e revolta pela falta de assistência governamental para a população? A busca por direitos realmente necessários?
Legalizar o uso da maconha, tanto faz, existem drogas lícitas e mais destrutivas por aí, uma a mais uma a menos não faz diferença não é mesmo? “Se a maconha for legalizada, até vai diminuir o número de usuários...” O álcool é lícito e só aumenta o número de usuários e transtornos causados por tal, além do mais, usuários de drogas mais danosas, em sua maioria principiam com o uso da maconha. Ainda assim, ser contra protestos para a legalização dessa droga, é caretice, e não zelo pela sanidade, saúde e vida das pessoas. Viva a resignificancia! Ah, e como não deixar de falar daquela baderna mascarada de marcha em protesto contra culpabilização das mulheres vítimas de estupro? É realmente saindo nas ruas seminuas em uma marcha intitulada “Marcha das vadias” que querem fazer PROTESTO? Pra mim isso nada mais é que mais uma micareta no país do carnaval! Pouco me importa a ironia, alusão ou o que seja que se queira passar nisso tudo, mas é apenas mais um “protesto” sem causa justa que vira mais baderna e gera fuzarca! Ocupar o tempo com protestos úteis, ficou no passado com a ditadura militar, hoje ocupa-se o tempo com marchas fúteis!
Lane.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Contraditoriedade humanística

"Ele é paraplégico, mas é tão alegre! E eu aqui reclamando da vida..." Frases como esta e/ou parecidas com esta, são ditas diariamente por pessoas diferentes ou não...Vídeos motivacionais com deficientes físicos que superaram barreiras sociais, ou pessoas menos favorecidas financeiramente que conseguiram "dar a volta por cima" ou mesmo permanecendo "desfaforecidos" encontram na vida sentido...E tantos outros sensasionalismos por aí que servem como "injeção de ânimo"... Nunca parou pra pensar na ridicularidade que é tudo isso? Em como o "ser humano" é limitato e contráditório? Eu,já! As pessoas precisam enxergar o sofrimento alheio pra poder perceber sua própria "felicidade", isso é lamentável. Por isso falo de contradição, não é que as pessoas se motivam pela alegria contagiante do paraplégico, se motivam porque o cara é paraplégico ("tadinho", "que dó", "que tristeza"...),MAS/APESAR DISSO/...é alegre! Deficiência física (dentre tantas outras coisas) não é limitação para felicidade, mas falta de percepção é limitação para a inteligência! Me indigno com essas comoções via sensasionalismo! Pois acabam lamentando-se e lamentando-os antes de "alegrarem-se", e se comparam às situaçãoes que lhes são mostradas para poderem "elevarem-se" e "perceberem-se". Triste. (Lane)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vi...Ver



Seria ótimo se existisse um manual para viver, onde n’ele encontrássemos todos os atalhos para o sucesso, felicidade e afins.
Há quem diga que alguns registros antigos servem de guia para uma vida de sabedoria, mas as vidas destes são contraditórias à suas afirmações.
Há quem diga tanta coisa, mas tanta coisa ainda é inválida, pois ainda morre tanta gente sem ter vivido.
Acho a vida muito estranha, pois as vezes a gente vive, mas em grande parte da vida a gente só existe, e olhe lá! Pois tem gente que nem existe pra “sociedade”... É tudo tão subjetivo e ao mesmo tempo tudo tão dicionariamente padronizado... Acho mesmo que a verdade está nesta “redundância”: “O segredo da vida é viver!” É segredo, e acho que continuará sendo, pois ninguém vive sempre, nem para sempre.
Sei lá, se perguntar demais, supor, hipotetizar demais, nada ajuda... Só faz enfatizar a dificuldade que é existir vivendo.
Tenho outra lista de coisas que em nada ajuda a viver: lamentação, incredulidade, medo, apego, inferioridade... Isso nos congela, nos deixa intactos, estagnados! E nós ficamos parados, por medo de seguir em frente e deixar para trás o apego às pessoas e lugares, então lamentamos uma vida não vivida e por não acreditarmos em nós mesmos a inferioridade nos enraíza num só lugar.
O tempo passa, as pessoas passam e nós permanecemos “aqui”, até que cheguem novos tempos, novas pessoas que passam novamente, e nós ainda “aqui” enraízados... E assim, somos apenas figuração, plano de fundo, cenário na vida das pessoas, por esquecermos-nos de viver a nossa vida. Dessa forma nossa história nunca muda, é passada sempre no mesmo lugar, com pessoas sempre passando e vez ou nunca permanecendo como nós. Apegar-se a lugares é um erro, isso faz com que nunca saibamos a sensação de ver e sentir outros lugares, e os lugares sempre estarão no mesmo lugar, por isso sempre que quisermos podemos retornar à eles. E apegar-se às pessoas também é um erro, pois elas passam, caminham para outros lugares ou outros planos e quase sempre, não podemos ir com elas.
Bom mesmo é deixar de ser cenário ou figuração na vida das pessoas e caminhar rumo a NOSSA vida, NOSSAS conquistas, NOSSOS méritos, NOSSOS sonhos, pois caminhando podemos ir adiante, curvar e até dar marcha ré para rever lugares ou pessoas queridas e caminhando ainda temos o privilégio de apreciar as novas paisagens e conhecer outros pedestres. Já a estagnação, nos impede de ver e viver o que está além de nós.



Lane.