segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Morte...


Morrer... Deixar uma vida que nunca se pediu para ter...
O final de um começo sem princípio ou começo de um término sem final.
Nascer é dar início a morte, afinal, não se morre sem nascer, oras!
E morrer, é dar início a uma vida (outra vida ou “a vida”...). Ou você acha mesmo que nos é dada a oportunidade de existirmos para morrermos antes do fim? O fim não “existe”! Como a morte pode ser o fim da vida?!... Afinal nem temos a oportunidade de concluirmos planos ou objetivos, antes que chegue a morte, ela simplesmente vem e o que não foi feito, ficará por fazer, sem término, sem final... Não criamos o “parágrafo” da existência nem concluímos pondo o “ponto final”, para mim, a morte “é reticências”. Como se ficasse um vácuo para quem “lê” (os que assistem as mortes ), mas quem escreve as “vidas”(o Autor da vida) sabe o porquê das “reticências”. Alguns de nós, espectadores atentos do ciclo da vida, ficamos a nos indagar a respeito do porque da morte, e do que há após ela, questionadores insaciáveis, sempre em busca de novas perguntas a cada resposta que surge... Nem ao menos nos damos conta, que para entendermos o sentido da experiência, é preciso passar por ela. E então vem a mim um pensamento: Se obtivéssemos a resposta precisa do que há após a morte, como seria? Acredito que haveriam alguns tão contentes com o resultado, que antecipariam suas mortes, já outros, descontentes com a resposta, obteriam mais medo do que o que já se pode ter da mesma...Não,não! Melhor continuar a viver o mistério da vida, sem descobrir o sentido da morte, até que se chegue a mesma.
Mas como é estranho viver num mundo com pessoas iguais e tão diferentes, onde sequer compreendemos a si mesmos, e nos questionamos sobre os demais, sequer compreendemos a vida, e nos questionamos sobre a morte e quanto mais nos questionamos, descobrimos o quanto nos falta compreender, é como se quanto mais soubéssemos, menos entendêssemos...
Acredito que somos “mecanismos” do Autor da vida, projetados e criados com um início e fim que não escolhemos, e vejam só, ainda há quem se ache livre! Mas não critico a criação, nem o Criador, quem sou eu pra questionar a existência que me foi dada? Espere aí... Boa pergunta! quem sou eu? Há, mas chega de perguntas difíceis... Apenas contemplo perplexa a minha existência, e admiro a perfeição tão imperfeita que é a humanidade, mas... Enfim, a vida me foi dada, a própria vida se materializou através de mim, e eu me tornei! Passei a ser! E se não fosse? Como seria? Oras! simplesmente não seria... Mas como é não ser? Oras! É assim que me vejo cercada, de perguntas tão desnecessárias, desprovidas de sentido... Invés de procurar razões para o que poderia ser e o que será que se procure antes entender o que é.
A morte para mim é a ida sem despedida e a despedida tardia demais. A falta permanente, uma saudade sem fim que junto com a doce lembrança que dói no coração, pela ausência que nunca é suprida, traz consigo o mais íntimo sentimento de tristeza e uma sensibilidade maior para vida.

Lane



Morte, nossa única certeza desde que nascemos... Seria complicado viver sabendo que marchamos em direção à morte? De fato pode ser um problema se não “Vivermos”...
Pois esta está em nosso “caminho” ou no fim dele, nós humanos não temos tanto medo da morte, pois o que mais vemos no mundo são guerras, atrocidades, enfim. Eu não diria que medo da morte é o que incomoda, acho que o que mais incomoda é pensar no que construímos se fizemos parte de algo, e por sabermos disso ficamos incomodados (talvez).Suponhamos que venhamos a viver 77 anos, isso é pouco por que podemos demorar 50 pra construirmos tudo que desejamos, bom aí você aproveitaria 27 anos do que foi construído, isso talvez ,pois ficaremos velhos,doentes e possivelmente infelizes....

Mas e se chegarmos primeiro? Podemos chegar primeiro? Chegando primeiro, já teríamos construído tudo antes de ficarmos velhos, talvez doentes e possivelmente infelizes. Mas se esse “chegar primeiro” for o só “construirmos”, então já podemos morrer? Seria assim “contribuímos com nossa pequena parte para o mundo” então é hora de “descansar”!
Você vai chegar Primeiro? Eu vou!

Will