quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Mito Deus:



Deus é a realidade sobrenatural, a força que rege o universo, o autor das existências, a beleza que se revela através da natureza, uma lógica não compreendida, uma verdade que destorcem...
Em busca de desmistificar a existência de Deus, criam-se mitos sobre sua personalidade, explicações divergentes surgem para caracterizar um só ser. E a grande multidão que acredita em Deus, desentendem-se entre si, por criarem ideologias dissimilares. Então dividem-se em subgrupos, para defenderem melhor suas teorias e persuadir aos que não são participantes dos subgrupos. E assim, perdem-se em suas “sabedorias”, esquecem a essência de Deus e cultuam suas idéias. É assim então, que Deus “torna-se” mito.
Aos céticos e ateus, restam fazer críticas, devido à falta de precisão que teem em “explicar” a existência de Deus. E de forma infeliz o taxam de controverso, pelas controvérsias das pessoas, questionam a bondade de Deus, pela “nossa” falta de bondade.
Se vivemos num mundo cheio de mazelas e injustiças, é porque vivemos cercados de pessoas e não de “Deuses”.
Somos criação de Deus, que vive num mundo criado por ele, mas não podemos culpá-lo por “nossas” ações.
A busca da suprema compreensão sobre Deus é vã, mas sua existência é fatídica e que bom que não depende da nossa compreensão e aceitação para existir, afinal, não podemos escolher se Deus existe ou não, ele É, sua vida é verídica! Acreditar ou não n’ele, sim, pode ser opcional, só isso depende de sua escolha.
Sabe, as vezes fico pensando na grande complexidade que temos em entendermos uns aos outros, para entender melhor a mente humana, alguns estudiosos gastam tempos e tempos de suas vidas e mesmo especializados em áreas como psiquiatria, psicologia... deparam-se em alguns momentos com dúvidas e incertezas, afinal não é uma tarefa fácil compreender ações e pensamentos alheios, muito menos ao se tratar da mente e ações de “um” Deus. Afinal, somos seres materiais, mortais e de mente limitada, em busca de razões para definição de um ser espiritual, imortal e de mente ilimitada.
Não se pode questionar uma existência por sua falta de visibilidade, nem tudo o que existe se pode enxergar. Por isso não se pode desacreditar em Deus meramente por não podermos vê-lo, “pois mesmo que ele não tenha deixado nenhum cartão de visita, pelo menos deixou o mundo. Acho que isso já é o bastante, você não acha?” ¹
Certa vez, um cosmonauta russo e um neurocirurgião também russo, discutiam sobre o cristianismo. O neurocirurgião, era cristão, o cosmonauta russo não era. “Já viajei muitas vezes pelo espaço sideral”, gabou-se o cosmonauta, “mas nunca vi nenhum anjo.” O neurocirurgião primeiro ficou olhando para ele; depois disse: “Eu já operei muitos cérebros inteligentes, mas nunca vi um pensamento.” ¹


¹ Trechos do livro: “O dia do Curinga” do autor: Jostein Gaarder

Lane

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Morte...


Morrer... Deixar uma vida que nunca se pediu para ter...
O final de um começo sem princípio ou começo de um término sem final.
Nascer é dar início a morte, afinal, não se morre sem nascer, oras!
E morrer, é dar início a uma vida (outra vida ou “a vida”...). Ou você acha mesmo que nos é dada a oportunidade de existirmos para morrermos antes do fim? O fim não “existe”! Como a morte pode ser o fim da vida?!... Afinal nem temos a oportunidade de concluirmos planos ou objetivos, antes que chegue a morte, ela simplesmente vem e o que não foi feito, ficará por fazer, sem término, sem final... Não criamos o “parágrafo” da existência nem concluímos pondo o “ponto final”, para mim, a morte “é reticências”. Como se ficasse um vácuo para quem “lê” (os que assistem as mortes ), mas quem escreve as “vidas”(o Autor da vida) sabe o porquê das “reticências”. Alguns de nós, espectadores atentos do ciclo da vida, ficamos a nos indagar a respeito do porque da morte, e do que há após ela, questionadores insaciáveis, sempre em busca de novas perguntas a cada resposta que surge... Nem ao menos nos damos conta, que para entendermos o sentido da experiência, é preciso passar por ela. E então vem a mim um pensamento: Se obtivéssemos a resposta precisa do que há após a morte, como seria? Acredito que haveriam alguns tão contentes com o resultado, que antecipariam suas mortes, já outros, descontentes com a resposta, obteriam mais medo do que o que já se pode ter da mesma...Não,não! Melhor continuar a viver o mistério da vida, sem descobrir o sentido da morte, até que se chegue a mesma.
Mas como é estranho viver num mundo com pessoas iguais e tão diferentes, onde sequer compreendemos a si mesmos, e nos questionamos sobre os demais, sequer compreendemos a vida, e nos questionamos sobre a morte e quanto mais nos questionamos, descobrimos o quanto nos falta compreender, é como se quanto mais soubéssemos, menos entendêssemos...
Acredito que somos “mecanismos” do Autor da vida, projetados e criados com um início e fim que não escolhemos, e vejam só, ainda há quem se ache livre! Mas não critico a criação, nem o Criador, quem sou eu pra questionar a existência que me foi dada? Espere aí... Boa pergunta! quem sou eu? Há, mas chega de perguntas difíceis... Apenas contemplo perplexa a minha existência, e admiro a perfeição tão imperfeita que é a humanidade, mas... Enfim, a vida me foi dada, a própria vida se materializou através de mim, e eu me tornei! Passei a ser! E se não fosse? Como seria? Oras! simplesmente não seria... Mas como é não ser? Oras! É assim que me vejo cercada, de perguntas tão desnecessárias, desprovidas de sentido... Invés de procurar razões para o que poderia ser e o que será que se procure antes entender o que é.
A morte para mim é a ida sem despedida e a despedida tardia demais. A falta permanente, uma saudade sem fim que junto com a doce lembrança que dói no coração, pela ausência que nunca é suprida, traz consigo o mais íntimo sentimento de tristeza e uma sensibilidade maior para vida.

Lane



Morte, nossa única certeza desde que nascemos... Seria complicado viver sabendo que marchamos em direção à morte? De fato pode ser um problema se não “Vivermos”...
Pois esta está em nosso “caminho” ou no fim dele, nós humanos não temos tanto medo da morte, pois o que mais vemos no mundo são guerras, atrocidades, enfim. Eu não diria que medo da morte é o que incomoda, acho que o que mais incomoda é pensar no que construímos se fizemos parte de algo, e por sabermos disso ficamos incomodados (talvez).Suponhamos que venhamos a viver 77 anos, isso é pouco por que podemos demorar 50 pra construirmos tudo que desejamos, bom aí você aproveitaria 27 anos do que foi construído, isso talvez ,pois ficaremos velhos,doentes e possivelmente infelizes....

Mas e se chegarmos primeiro? Podemos chegar primeiro? Chegando primeiro, já teríamos construído tudo antes de ficarmos velhos, talvez doentes e possivelmente infelizes. Mas se esse “chegar primeiro” for o só “construirmos”, então já podemos morrer? Seria assim “contribuímos com nossa pequena parte para o mundo” então é hora de “descansar”!
Você vai chegar Primeiro? Eu vou!

Will

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sentimentos



SENTIMENTO COMO RAZÃO E VONTADE:


Para cada pessoa que faz parte de nosso convívio, há um sentimento vindo de nós para tais(o que pode ser recíproco, ou não). São sentimentos que nos geram oscilantes estados emocionais, levando-se em conta o grau de afeto que passamos a ter por determinada pessoa. Por exemplo: um afeto por alguém pode nos gerar alegria ou/e sofrimento.
Sentimentos são geradores de sentimentos diversos... A complexidade de compreensão destes é tão grande, que muitas vezes não sabemos nomeá-los, ou classificá-los corretamente.
“AMOR”! Palavra que soa forte! Para alguns o amor é imutável, e impossível de se ter por mais de uma vez (exceto o amor por parentes ou amigos).
Obter sentimentos fortes por alguém (como o amor), a ponto que cheguem a alterar nosso estado emocional, hábitos... nos afeta numa proporção tamanha, que causa a intuição de que atingimos o ápice do sentimento, de forma que não mensuramos que possa haver alteração no sentimento alcançado, nem tão pouco que possamos obter em outra circunstância um sentimento que o “supere”. Mas, podem os sentimentos surgirem, se alojarem,crescerem,diminuírem ou simplesmente mudarem com o passar do tempo mediante determinadas causas.
De fato, o amor é o sentimento mais forte que se pode ter por alguém, mas pode ser, que não seja isento de mutação, nem tão pouco raro, ao ponto de só poder ser sentido uma única vez.
Mas como lidar com as alterações de sentimentos?
Há quem queira separar a razão do sentimento, a maioria das pessoas dizem poder agir segundo a razão, ou segundo a emoção, ou seja, não interligam os dois numa mesma possibilidade.
Há uma frase de Nietzsche que diz: “Pode-se prometer ações, mas não sentimentos, pois estes são involuntários”
Seriam realmente involuntários? Bom, podem surgir sim involuntariamente! Mas, pode sua permanência, ser voluntária, e deve ser frisado também, que os sentimentos podem não significarem ausência de razão, pelo contrário, a razão pode levar o coração a sentir emoções!
É verdade que não podemos prometer sentimentos, já que seu surgimento é involuntário, e podem ser sujeitos a alterações, de acordo com as razões que nos motivam a tais, mas poderíamos não dizer que os mesmos são completamente involuntários, pois uma vez que a razão nos motiva a sentir, a vontade pode fazer com que permaneça. Sendo assim, pode ser percebido que razão e sentimento não são opostos.
Agir pela razão, implica em ver a possibilidade de tal ação, o que requer em “prever” as conseqüências da ação pela razão, mas as conseqüências acarretarão num estado de sentimentos, então a escolha da ação pela razão, na verdade pode ser feita com base no sentimento que tal escolha causará ao indivíduo.
O que quero dizer, é que os sentimentos podem não ser estados emocionais meramente divergentes a nossa vontade, o que aparentemente é tão oposto aos sentimentos (como a razão e a vontade) pode ser a causa que nos leva aos mesmos. Nesta hipótese, vemos que se os sentimentos forem vistos como antagonismos da razão e vontade, é como se os mesmos não fizessem parte de nós, do nosso eu, do que realmente somos,como se fossem apenas acoplados a nós, e não de fato parte de nossa razão e vontade...E que força dominadora seria essa que surge sem “pedir licença”, e não conseguimos controlá - la? Ou será que damos crédito a “onipotência” dos sentimentos, para ausentarmos de nós a responsabilidade dos “fardos” que determinados sentimentos venham a nos causar?
E então, seríamos afinal, controladores dos sentimentos ou controlados por eles?
Ver os sentimentos como sendo parte de nossa razão e vontade, pode parecer um tanto quanto simplista, mas talvez, tê-los como “dominadores” possa parecer um conformismo tolo, ou mera “fuga”!

Lane



SER,SENTIR,FAZER...


Quando comecei a escrever sobre sentimentos, a primeira questão foi: Somos controlados por nossos sentimentos ou eles nos controlam? E não obtive respostas que me convencem de ambas as partes... Mas estudando sobre o assunto, cheguei à conclusão que estas não se excluem mutuamente:

Creio ser impossível pensar e não sentir, fazer e não sentir, de fato toda ação ou pensamento nos levam a um sentimento... , mas um sentimento sempre nos leva a uma ação ou a um pensamento?Na minha concepção Sim! Não posso fazer ou pensar algo sem sentir, amor, ódio ou outro sentimento... Como não posso sentir ódio amor ou outro sentimento e não ter um pensamento ou uma ação diante de tal sentimento. De fato é um assunto vasto e complicado.

Mas o que penso sobre sentimentos é meramente resumido nisso:

Acredito que o sentimento é o resultado de uma ação ou pensamento vivenciado.

Will

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Pensamentos avulsos sobre a Solidão:





Solidão...
No dicionário a definição de solidão é o estado que se encontra ou vive só,
Situação ou sensação de quem vive isolado numa comunidade; para Shakespeare quem se sente só é porque ergueu muros em vez de pontes; para Schopenhauer
“a solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais”; para mim, solidão é o meu santuário soberano!
Vários fatores nos levam a solidão, tais como ser excluído socialmente, traição, levando conseqüentemente à decepção e chegando à solidão, essa podendo levar a um sofrimento extremo por não ter feito a escolha de estar só.
Se só esses fatores forem considerados, todos teriam a firme convicção de que é um grave distúrbio viver em solidão, mas optar por esse estado existencial não é um distúrbio para mim, optar em viver “só” não é necessariamente estar sozinho, vivo cercado de pessoas, não fui excluído socialmente, afirmo que escolhi viver com essa condição existência,l por me sentir independente e também pelo fato do convívio social estar longe de me propiciar satisfação como a solidão o faz.
Na solidão consigo questionar valores já existentes, assim construindo meus próprios valores. Claro que já sofri traições, tive minhas decepções, elas contribuíram para minha solidão de fato, mas estas me ensinaram, por contribuírem para essa condição existencial posso dizer que foi “crescimento gerado na dor”. Sim! Sim! Condição essa que trouxe benefícios!
Estou isento de responsabilidades com terceiros, tenho obrigações só para comigo!
Minha solidão, minha independência, minha vida, meu espaço, meus pensamentos, meu mundo!
Desfazer-me disso jamais!Dentro dessa individualidade tenho dividido algo com algumas pessoas, pessoas maravilhosas essas, diga-se de passagem, mas dividi por escolha e não por obrigação, minha condição existencial me permite fazer esse tipo de escolha: Como, quando e com quem dividir “meu mundo”.
Podem me julgar por egocêntrico, mas não por hipócrita!
Quem opta pela solidão é inimigo nato da hipocrisia, vezes desfrutam e aprendem com a solidão, mas convivem em meio à hipocrisia.
A solidão por ser mal compreendida assusta as pessoas, muitos, por medo da solidão se submetem a conceitos, valores e imposições alheias, para não “Sofrerem” com a solidão, isso sim é um grande distúrbio, não me imagino aceitando tudo que é a mim imposto para desfrutar um convívio social. Solidão traz consigo a reflexão!
O fato de ter optado por essa condição existencial não significa que não possuo afeto por um par, familiares ou amigos, de fato é enorme meu afeto por estes, busco sempre ser fiel ao laço que me une a estes, mas tenho minha forma individualista e solitária de encarar a vida.
Não quero aqui condenar o convívio social ou as pessoas que nele “habitam” ou dizer que a solidão é o caminho para uma vida melhor, só que existem formas para se trilhar e construir caminhos, eu estou trilhando e construindo o meu.
Faço na solidão minha vida...

Will




Introspecção, paz, reflexão... Assim defino a solidão.
Acredito ser a solidão necessária e proveitosa em diversos fatores... Contribui para amadurecimento de idéias, a analise mais vasta de si, dos outros, do que nos cerca...
Na solidão viajo em idéias, transito em diversas dimensões (mesmo sem dar um passo se quer)... Em fim, é onde meus pensamentos fluem.
Falar sobre a solidão sem citar o convívio social é um tanto quanto complexo, uma vez que a solidão é a ausência de tal convívio. Então, falando agora acerca do convívio social, acredito que para nos manter em tais ciclos, temos que ser submissos, ou seja, acatarmos determinadas situações mesmo que não condigam com o que queremos ou pensamos, temos que nos submeter a estar em certos lugares, a ouvir o que não queremos, e em alguns casos até omitir palavras,ações... Sim, temos que aturar (ou não) e sermos aturados (ou não) o que gera uma ausência de si mesmo. É certo que o efeito de tais submissões varia, levando em conta o grau de relacionamento que se tem com determinado ciclo social, ou determinada pessoa. Tratando-se de pessoas pelas quais estimamos, tais submissões tornam-se amenas, afinal apesar de opiniões opostas, há um sentimento de afeição que nos envolve (amigos, família...), porém, ainda assim nos submetemos, e ausentamos de nós uma parte de nós; e tratando-se de pessoas sem vínculos mais afetivos, essas submissões são de fato meramente toleráveis, devido a alguma circunstância que nos “obriga” a agir de determinado modo (trabalho, faculdade...) o que acarreta a mesma ausência e submissão.
Vendo por este lado, acredito que a convivência social em demasia acarreta uma ausência constante de si mesmo, mas é certo que a solidão em demasia nos priva de momentos e sentimentos essenciais pra qualquer ser humano.
É verdade que mesmo fazendo citações do quanto a solidão é proveitosa, existirá momentos em que esta será triste, assim como nem sempre estar em determinado grupo causará submissão indesejada, existirá sim momentos prazerosos estando em companhia de uma ou mais pessoas, é algo que não se generaliza, mas que algumas pessoas “fazem generalizar”.
Há coisas (pessoas) que não se “pode” evitar, há vínculos que é sempre bom cativar, e a solidão é essencial de se ter em determinados momentos. Eis as palavras chaves: determinados momentos! Sim, deve-se saber conciliar os momentos em que “devemos” estar no prazer de boas companhias (ou as vezes não tão prazerosas) e os momentos em que nós nos bastamos como companhia para si mesmos.
Estar só, nem sempre é ser só.
Ser só: Fraqueza. Estar só: Fortaleza.

Lane

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fé: Cegueira ou visão aguçada?


A fé é a firme convicção de que algo seja verdade, mesmo que não se obtenha provas sobre tal verdade, ou pode ser tida como um crédito que se dá a algo ou alguém, independente de se encontrar motivos lógicos para o mesmo. Em fim... Fé independe de tato, visão, independe de “sentido”.
A fé estaria sendo uma crença vaga e não muito compreendida? Nos dias de hoje teria a fé perdido um pouco sua essência? E qual seria essa essência?
Bom, há pessoas que: “... continuam a propagar este erro fundamental, ou seja, de que só a fé conta e que as obras são uma conseqüência natural da fé.” *
Seria isso realmente um erro? Ou seria possível?
Há quem veja a fé como um sentimento que é externado através da obra que é sua causa, na qual aquilo que se obtém com a junção de ambas é tido como conseqüência.
Pode-se ter fé num objetivo a alcançar, pode-se ter fé em si mesmo, pode-se ter fé em pessoas, pode-se ter fé no sobrenatural... A fé é muito abrangente, apesar de quando citada na maioria das vezes, ela acaba sendo referida automaticamente ao lado religioso, porém a mesma não se restringe apenas neste aspecto.
A fé no sentido de visão aguçada seria aquilo que se enxerga “além” do que a visão permite, é um sentimento de se ter algo mesmo sem o ter de fato, seguido de uma motivação que leva ao alcance daquilo que se almeja (em casos de objetivos, por exemplo)
Seria isso uma espécie de auto-estima? Ou algo meramente ilusório?
Pode-se encaixar também no que se diz respeito a fé como visão aguçada, o crédito que se dá a forças superiores ou seres imortais que se “manifestam” através da natureza, ou outros aspectos, influenciando de certo modo as ações de pessoas que depositam sua fé em determinadas forças ou seres, ou seja “enxergam além”da realidade natural da vida.
Bom, há controvérsias no que se diz respeito à obra da fé, há quem veja a obra como causa e há quem a veja como conseqüente, mas independente do que seja de fato a obra da fé, a mesma não pode ser vista como sendo bastante para realização de objetivos, nem a fé por si só, nem a junção: fé e obra, pois vivemos num mundo de surpresas onde mesmo agindo em prol de algo, não saberemos se adquiriremos este algo, estamos sujeitos a sermos surpreendidos a cada instante.
Então qual a necessidade da fé? Se mesmo adquirindo-a corremos “riscos” do não alcance daquilo que almejamos?
E se almejamos, mas não possuímos fé na realização de tal, agiremos em prol de determinado desejo?
Essa tal visão aguçada adquirida através da fé, é o enxergar aquilo que não vivemos no determinado instante, mas nem por isso se deixa de viver o presente, se tem fé naquilo que se quer alcançar, mas se vive o que já se alcançou, e se semeia no presente aquilo que se quer para o futuro através de ações, mas se vive o presente em prol do próprio presente e também do futuro, é uma visão do que se está diante e além.
Mas a mesma fé que dá essa visão aguçada, pode também causar cegueira? Ou uma espécie de embriaguez capaz de ausentar a “razão” de um indivíduo?
“A embriaguez parece-lhes ser a verdadeira vida, o eu autêntico: em todo o resto vêem adversários e inimigos da embriaguez... A humanidade deve boa parte de suas desgraças a esses embriagados entusiastas: pois são infatigáveis semeadores do joio do descontentamento de si e dos outros, do desprezo de seu tempo e do mundo e, sobretudo do cansaço” *
Seriam esses “embriagados” possuidores da fé cega, aqueles que depositam sua fé na vida perfeita e plena de felicidade (denominada por alguns, como vida eterna) almejam tanto essa vida vindoura que se esquecem da vida atual, seu presente, sua realidade... Talvez por acharem mais fácil, uma vez que tentam se ausentar do mundo acabam tendo “justificativa” para redenção da “culpa” de ações humanas.
Pobres cegos e tolos por não viverem sua realidade?
Sábios por sentirem-se felizes hoje com foco no futuro?
Enganadores de si mesmos?
Possuidores da verdadeira felicidade?
Não estamos a criticar a crença em determinada doutrina, ou a fé em qualquer que seja o aspecto, e sim as ações ou falta de ações causadas por suposta fé.
São apenas meros questionamentos sem a intenção de apontar o certo ou errado...
Fé! Palavra curta de simples grafia, mas teria um amplo e complexo significado? Fé! Palavra essa que nos fortalece ou nos enfraquece? Fé! Visão aguçada, cegueira; Palavras, palavras, palavras... Apenas Palavras? Talvez.




*trechos do livro “Aurora” de Friedrich Nietzsche




Will & Lane

terça-feira, 21 de abril de 2009

Liberdade: Uma busca vã!


Várias teorias já tentaram definir o conceito de liberdade, mas será possível chegar a uma definição sobre essa?
De uma forma geral, a palavra "liberdade" significa não ser submetido ao domínio de algo ou alguém, e por isso, ter plenos poderes sobre si mesmo e sobre seus atos, mas até quando temos esse poder?
Liberdade: Condição de uma pessoa poder fazer ou deixar de fazer alguma coisa.Na teoria é maravilhoso, mas e na Pratica funciona?
A Liberdade é algo tão falado, tão almejado, mas o que percebemos é que cada vez, mais pessoas privam-nos e privam-se do direito da liberdade.
Mas, a pergunta é: Você se considera uma pessoa livre? Podemos de fato chegar a ter liberdade?
Analisando situações em diversos sentidos, encontramos uma resposta:
Não!Não somos livres para agirmos.
As tradições nos tiram a liberdade, religiões nos tiram a liberdade, as leis nos tiram a liberdade...
As pessoas criam padrões e leis para serem seguidas e se você não segue você é punido.
Não viemos aqui questionar o que é ético, coerente, bizarro, amoral... Não viemos julgar ações, por que liberdade independe disso, é além disso.
O que queremos passar é que sempre chegará um momento em que sofreremos as conseqüências de nossa "liberdade", uma vez que as ações de nossa "liberdade" não cheguem a agradar.
Isso mostra que há um limite, e se tem limite deixa de ser liberdade.
Mas o que enxergamos, é que só há uma forma de "liberdade": O Pensamento.
O pensamento se manifesta de uma forma tão livre que nós não obtemos controle absoluto sobre ele... E ele não para... Nunca!
Mas de fato não são livres, porque a liberdade se manifesta em ações e pensamentos são apenas teorias.
Então, passamos a ver que a palavra liberdade é utilizada como uma mera catacrese, pois na prática é inexistente.
Aqueles que se sentem livres estão apenas livres em cárcere.

Will & Lane

domingo, 12 de abril de 2009

Profana semana santa

Estamos num período onde os religiosos denominam como semana santa, dizem ser um período de sacrifícios, perdão, reconciliação, reflexão... teriam eles uma espécie de viseira que os impediriam de se sacrificar,perdoar,reconciliar e refletir durante o resto do ano? Na verdade, já findando esta semana de “simbolismos santos”,viemos aqui questionar... Qual a necessidade de tal costume?
Religiosos mais extremistas pregam ser errado assemelhar páscoa ao chocolate, mas se eles consideram errado tal costume porque o apóiam e o engrandecem? Sim, porque de fato eles impõem uma falsa moral de que essa não é a verdadeira essência da páscoa, porém compram chocolates para seus filhos, para eles próprios... Contraditórios não?
Conversando sobre isso chegamos a um ponto que vale ser ressaltado: Na verdade essa data é de imensa importância para o comércio e os apreciadores de chocolate!!!
E devemos encontrar nela algo de maior significado do que isso?
Bom, é verdade que para os religiosos o significado desta semana é memorizar a vida de Jesus na terra, usando de certos rituais e simbolismos para intensificar esse tal memorial.
Mas vemos neste método, nada mais que representação! Vivenciam algo em um período do ano, buscam ser mais “bonzinhos”, pregando a paz, igualdade, dão esmolas, ficam mais sensíveis, nesta semana eles se consideram o centro moral do universo, então, eles combatem o que é errado. O errado? Bom, o errado nada mais é que aquilo que não lhes convém!
E passada essa santa semana, voltam à realidade de suas vidas... Resumindo, Pura hipocrisia!
Não seria isso profanar o que para eles é sagrado? Pregam e não fazem, ou fazem apenas por um curto espaço de tempo.


Lane & Will

terça-feira, 7 de abril de 2009

Will por Lane

Bom, costumo dizer que uma das características mais fortes dele é ser “extremista”, é alguém que não gosta de simplismos, ou “meio termo”, não acata uma opinião se não lhe parecer totalmente aceitável (eis seu lado cético) ou não mantém um vínculo de relacionamento com a hipótese de suportar uma pessoa (se permite a boa companhia da solidão a ter que se associar a pessoas rotuladas ao padrão da sociedade.)
Apreciador extático de uma boa música, que viaja em seu universo sonoro e aguça seus sentimentos através de letras e melodias que o envolvem (eis seu sentimentalismo, que não se resume por aqui).
Em fim... Uma pessoa admirável!
Meu companheiro de conversas, que me faz rir, me faz pensar, duvidar, descordar, concordar...
Conhecer Will pra mim é algo indescritível, mas me sinto privilegiada em ter construído esse vínculo de amizade que se torna tão forte a cada dia.
Agora somos “nós um”, antagonicamente iguais!
Contraditório??!! Esqueceu que estamos aqui para romper as barreiras da lógica??!!

Lane

Lane por Will

Um dos objetivos desse “projeto” é Pensar e fazer pensar, e quem Melhor que minha grande amiga Lane, Que Pensa e faz pensar... Algumas das coisas que apreciamos são bem dissimilares, contudo como ela mesma me disse uma vez esse fator teoricamente poderia ter nos afastado, mas na pratica nos uniu.
Em suas imensas virtudes, Poderia citar varias, dentre as quais prefiro citar apenas três, sua beleza seu intelecto e sua polidez, outras vocês conhecerão em um curto espaço de tempo, Me considero privilegiado por já conhecer inúmeras outras de suas virtudes...
Certamente os leitores deste se apaixonarão por sua arte de pensar, escrever, ensinar e aprender... Enfim com sua esplêndida idoneidade de se expressar. Sinto-me imensamente Honrado e satisfeito em compartilhar esse Projeto com você Lane, Muito Obrigado!

William