quinta-feira, 4 de junho de 2009

Pensamentos avulsos sobre a Solidão:





Solidão...
No dicionário a definição de solidão é o estado que se encontra ou vive só,
Situação ou sensação de quem vive isolado numa comunidade; para Shakespeare quem se sente só é porque ergueu muros em vez de pontes; para Schopenhauer
“a solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais”; para mim, solidão é o meu santuário soberano!
Vários fatores nos levam a solidão, tais como ser excluído socialmente, traição, levando conseqüentemente à decepção e chegando à solidão, essa podendo levar a um sofrimento extremo por não ter feito a escolha de estar só.
Se só esses fatores forem considerados, todos teriam a firme convicção de que é um grave distúrbio viver em solidão, mas optar por esse estado existencial não é um distúrbio para mim, optar em viver “só” não é necessariamente estar sozinho, vivo cercado de pessoas, não fui excluído socialmente, afirmo que escolhi viver com essa condição existência,l por me sentir independente e também pelo fato do convívio social estar longe de me propiciar satisfação como a solidão o faz.
Na solidão consigo questionar valores já existentes, assim construindo meus próprios valores. Claro que já sofri traições, tive minhas decepções, elas contribuíram para minha solidão de fato, mas estas me ensinaram, por contribuírem para essa condição existencial posso dizer que foi “crescimento gerado na dor”. Sim! Sim! Condição essa que trouxe benefícios!
Estou isento de responsabilidades com terceiros, tenho obrigações só para comigo!
Minha solidão, minha independência, minha vida, meu espaço, meus pensamentos, meu mundo!
Desfazer-me disso jamais!Dentro dessa individualidade tenho dividido algo com algumas pessoas, pessoas maravilhosas essas, diga-se de passagem, mas dividi por escolha e não por obrigação, minha condição existencial me permite fazer esse tipo de escolha: Como, quando e com quem dividir “meu mundo”.
Podem me julgar por egocêntrico, mas não por hipócrita!
Quem opta pela solidão é inimigo nato da hipocrisia, vezes desfrutam e aprendem com a solidão, mas convivem em meio à hipocrisia.
A solidão por ser mal compreendida assusta as pessoas, muitos, por medo da solidão se submetem a conceitos, valores e imposições alheias, para não “Sofrerem” com a solidão, isso sim é um grande distúrbio, não me imagino aceitando tudo que é a mim imposto para desfrutar um convívio social. Solidão traz consigo a reflexão!
O fato de ter optado por essa condição existencial não significa que não possuo afeto por um par, familiares ou amigos, de fato é enorme meu afeto por estes, busco sempre ser fiel ao laço que me une a estes, mas tenho minha forma individualista e solitária de encarar a vida.
Não quero aqui condenar o convívio social ou as pessoas que nele “habitam” ou dizer que a solidão é o caminho para uma vida melhor, só que existem formas para se trilhar e construir caminhos, eu estou trilhando e construindo o meu.
Faço na solidão minha vida...

Will




Introspecção, paz, reflexão... Assim defino a solidão.
Acredito ser a solidão necessária e proveitosa em diversos fatores... Contribui para amadurecimento de idéias, a analise mais vasta de si, dos outros, do que nos cerca...
Na solidão viajo em idéias, transito em diversas dimensões (mesmo sem dar um passo se quer)... Em fim, é onde meus pensamentos fluem.
Falar sobre a solidão sem citar o convívio social é um tanto quanto complexo, uma vez que a solidão é a ausência de tal convívio. Então, falando agora acerca do convívio social, acredito que para nos manter em tais ciclos, temos que ser submissos, ou seja, acatarmos determinadas situações mesmo que não condigam com o que queremos ou pensamos, temos que nos submeter a estar em certos lugares, a ouvir o que não queremos, e em alguns casos até omitir palavras,ações... Sim, temos que aturar (ou não) e sermos aturados (ou não) o que gera uma ausência de si mesmo. É certo que o efeito de tais submissões varia, levando em conta o grau de relacionamento que se tem com determinado ciclo social, ou determinada pessoa. Tratando-se de pessoas pelas quais estimamos, tais submissões tornam-se amenas, afinal apesar de opiniões opostas, há um sentimento de afeição que nos envolve (amigos, família...), porém, ainda assim nos submetemos, e ausentamos de nós uma parte de nós; e tratando-se de pessoas sem vínculos mais afetivos, essas submissões são de fato meramente toleráveis, devido a alguma circunstância que nos “obriga” a agir de determinado modo (trabalho, faculdade...) o que acarreta a mesma ausência e submissão.
Vendo por este lado, acredito que a convivência social em demasia acarreta uma ausência constante de si mesmo, mas é certo que a solidão em demasia nos priva de momentos e sentimentos essenciais pra qualquer ser humano.
É verdade que mesmo fazendo citações do quanto a solidão é proveitosa, existirá momentos em que esta será triste, assim como nem sempre estar em determinado grupo causará submissão indesejada, existirá sim momentos prazerosos estando em companhia de uma ou mais pessoas, é algo que não se generaliza, mas que algumas pessoas “fazem generalizar”.
Há coisas (pessoas) que não se “pode” evitar, há vínculos que é sempre bom cativar, e a solidão é essencial de se ter em determinados momentos. Eis as palavras chaves: determinados momentos! Sim, deve-se saber conciliar os momentos em que “devemos” estar no prazer de boas companhias (ou as vezes não tão prazerosas) e os momentos em que nós nos bastamos como companhia para si mesmos.
Estar só, nem sempre é ser só.
Ser só: Fraqueza. Estar só: Fortaleza.

Lane