quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sentimentos



SENTIMENTO COMO RAZÃO E VONTADE:


Para cada pessoa que faz parte de nosso convívio, há um sentimento vindo de nós para tais(o que pode ser recíproco, ou não). São sentimentos que nos geram oscilantes estados emocionais, levando-se em conta o grau de afeto que passamos a ter por determinada pessoa. Por exemplo: um afeto por alguém pode nos gerar alegria ou/e sofrimento.
Sentimentos são geradores de sentimentos diversos... A complexidade de compreensão destes é tão grande, que muitas vezes não sabemos nomeá-los, ou classificá-los corretamente.
“AMOR”! Palavra que soa forte! Para alguns o amor é imutável, e impossível de se ter por mais de uma vez (exceto o amor por parentes ou amigos).
Obter sentimentos fortes por alguém (como o amor), a ponto que cheguem a alterar nosso estado emocional, hábitos... nos afeta numa proporção tamanha, que causa a intuição de que atingimos o ápice do sentimento, de forma que não mensuramos que possa haver alteração no sentimento alcançado, nem tão pouco que possamos obter em outra circunstância um sentimento que o “supere”. Mas, podem os sentimentos surgirem, se alojarem,crescerem,diminuírem ou simplesmente mudarem com o passar do tempo mediante determinadas causas.
De fato, o amor é o sentimento mais forte que se pode ter por alguém, mas pode ser, que não seja isento de mutação, nem tão pouco raro, ao ponto de só poder ser sentido uma única vez.
Mas como lidar com as alterações de sentimentos?
Há quem queira separar a razão do sentimento, a maioria das pessoas dizem poder agir segundo a razão, ou segundo a emoção, ou seja, não interligam os dois numa mesma possibilidade.
Há uma frase de Nietzsche que diz: “Pode-se prometer ações, mas não sentimentos, pois estes são involuntários”
Seriam realmente involuntários? Bom, podem surgir sim involuntariamente! Mas, pode sua permanência, ser voluntária, e deve ser frisado também, que os sentimentos podem não significarem ausência de razão, pelo contrário, a razão pode levar o coração a sentir emoções!
É verdade que não podemos prometer sentimentos, já que seu surgimento é involuntário, e podem ser sujeitos a alterações, de acordo com as razões que nos motivam a tais, mas poderíamos não dizer que os mesmos são completamente involuntários, pois uma vez que a razão nos motiva a sentir, a vontade pode fazer com que permaneça. Sendo assim, pode ser percebido que razão e sentimento não são opostos.
Agir pela razão, implica em ver a possibilidade de tal ação, o que requer em “prever” as conseqüências da ação pela razão, mas as conseqüências acarretarão num estado de sentimentos, então a escolha da ação pela razão, na verdade pode ser feita com base no sentimento que tal escolha causará ao indivíduo.
O que quero dizer, é que os sentimentos podem não ser estados emocionais meramente divergentes a nossa vontade, o que aparentemente é tão oposto aos sentimentos (como a razão e a vontade) pode ser a causa que nos leva aos mesmos. Nesta hipótese, vemos que se os sentimentos forem vistos como antagonismos da razão e vontade, é como se os mesmos não fizessem parte de nós, do nosso eu, do que realmente somos,como se fossem apenas acoplados a nós, e não de fato parte de nossa razão e vontade...E que força dominadora seria essa que surge sem “pedir licença”, e não conseguimos controlá - la? Ou será que damos crédito a “onipotência” dos sentimentos, para ausentarmos de nós a responsabilidade dos “fardos” que determinados sentimentos venham a nos causar?
E então, seríamos afinal, controladores dos sentimentos ou controlados por eles?
Ver os sentimentos como sendo parte de nossa razão e vontade, pode parecer um tanto quanto simplista, mas talvez, tê-los como “dominadores” possa parecer um conformismo tolo, ou mera “fuga”!

Lane



SER,SENTIR,FAZER...


Quando comecei a escrever sobre sentimentos, a primeira questão foi: Somos controlados por nossos sentimentos ou eles nos controlam? E não obtive respostas que me convencem de ambas as partes... Mas estudando sobre o assunto, cheguei à conclusão que estas não se excluem mutuamente:

Creio ser impossível pensar e não sentir, fazer e não sentir, de fato toda ação ou pensamento nos levam a um sentimento... , mas um sentimento sempre nos leva a uma ação ou a um pensamento?Na minha concepção Sim! Não posso fazer ou pensar algo sem sentir, amor, ódio ou outro sentimento... Como não posso sentir ódio amor ou outro sentimento e não ter um pensamento ou uma ação diante de tal sentimento. De fato é um assunto vasto e complicado.

Mas o que penso sobre sentimentos é meramente resumido nisso:

Acredito que o sentimento é o resultado de uma ação ou pensamento vivenciado.

Will

5 comentários:

  1. Minhas opiniões divergiram ao ler cada um separadamente.

    Lane se preocupou mais com a vista panorâmica do alto do muro e esqueceu-se de mencionar sua própria opinião a respeito do(s) assunto(s), mas pelo que pude entender tu quis dizer que o raciocínio cético sobrepuja a sensibilidade aguçada (ih falei difícil e quase descontextualizei, mas espero que tenham entendido), mesmo tendo frisado: “Ou será que damos crédito a ‘onipotência’ dos sentimentos, para ausentarmos de nós a responsabilidade dos ‘fardos’ que determinados sentimentos venham a nos causar?”(destaque para a redundância da palavra sentimento, Lane, mas não estou aqui para corrigir e sim para ajudar).

    Quanto ao Will, ele foi bastante sucinto e resumiu um texto que provavelmente nem teve tempo de expandir em uma única frase. Bem objetivo.

    Desculpa Lane, mas neste seu texto faltou opinião e sobrou meio termo. Você esta literalmente livre no cárcere da imparcialidade. Desculpa mesmo.

    Agora minha própria opinião:

    A razão ou raciocínio é a conseqüência dos sentimentos ou emoções, pois não existe ninguém capaz de chorar ou rir sem racionalizar o porquê deles, mesmo que no subconsciente, e a emoção só se intensifica se o raciocínio lógico do sujeito do contexto acerca dos fatos e ambientes permitir. Numa ilustração podemos comparar o equilíbrio entre a razão e a emoção com o cérebro e os cinco sentidos. O cérebro (razão) só funciona com o auxilio da visão, do olfato, do paladar, da audição e do tato (emoção) e vice versa. Ou seja: o desenho da balança no inicio do post ilustra muito bem o senso comum deste contexto.

    Té!

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  2. Bom,geralmente não gosto de fazer comentários dos comentários(rsrs)até porque eu e o Will pensamos num tema,e usamos o post justamente para expormos nossas opiniões,questionamentes e até mesmo HIPÓTESES(Como citei em uma parte do texto),e também pelo fato da nossa idéia inicial ser justamente agrupar nos comentários,diversas opiniões, acerca dos assuntos que postamos...mas enfim...talvez eu tenha que ser mais pedagógica(como diz vc,rs) da próxima vez,mas de todo modo,aproveitarei a oportunidade deste comentário para esclarecer que a intenção do meu texto,foi justamente ser hipotética e não afirmativa,mas em todo caso,só não entendi o porque de suas opiniões se divergirem ao ler os textos avulsos,afinal,o Will foi bastante objetivo sim,e breve em suas palavras,pois no contexto geral estamos falando a mesma linguagem.
    Mas pude perceber também que apesar das "discórdias" do ínicio de seu comentário,você acabou falando em outras palavras o que Will disse:"A razão ou raciocínio é a conseqüência dos sentimentos ou emoções." Que é igual a:"Creio ser impossível pensar e não sentir, fazer e não sentir, de fato toda ação ou pensamento nos levam a um sentimento... , mas um sentimento sempre nos leva a uma ação ou a um pensamento?Na minha concepção Sim!"

    Bom,em todo caso,não há do que se desculpar,as críticas são sempre bem vindas,e com certeza serão de grande valia para nossos próximos posts.

    TÉ!

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  3. Saldações terraquios!( ou seria lunaticos rsrsrs)

    Não sou, não fui e nem quero ser grande coisa. Quero apenas ser eu mesma.

    Aprendi nesta minha vida que sabedoria não consiste em saber.Acúmulo de saberes destina-se aos tolos. A verdadeira sabedoria está na compreensão.

    Ter uma receita pronta pra cada dúvida seria o ideal. Infelizmente não temos. Agimos segundo nossa consciência. Erramos? Sim muuuuuuuuuuuitas e muitas vezes. Aprendemos também.

    Talvez por isso eu goste tanto da filosofia, desse questionar que encontra na sua base.
    Quando me questiono, logo reflito, refletinto mudo ou reforço posturas.

    Penso, nem sei se estou certa, também não me preocupo com isso, que deve refletir, buscar um ponto de equilíbrio entre emoção e razão. Tente entender até onde vão seus limites e até onde pode suportar.
    Pense que as duas são irmãs e moram no mesmo endereço, cada uma com identidade própria.
    Assim, ambas não vão querer que uma sobressaia mais que a outra

    Mas em fim...
    ...acredito que emoções condicionam o direcionamento das razões!
    e razões condicionam o direcionamento das Emoções!

    Este ciclo infinito condiciona tudo o que iremos passar na historinha, aqui no teatro das existencias!

    P.S.: Please num demorem a postar outro tema =/

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  4. Bom eu não me confundi ao ler esse post .. apenas confirmei aquilo em que já acreditava. Com certeza não somos dominados por nossos sentimentos .. mas também a nossa razão não controla o todo nossos sentimentos. É exatamente como bem colocou a Gil .. é um ciclo infinito, pois a nossa razão molda os nossos sentimentos (como sentir, por quem sentir..) .. e nossos sentimentos moldam também a nossa razão. Em minha opinião é um ciclo infinito e perfeito criado por Deus.
    Não quero me alongar então concluo aqui reivindicando como Gil: "Please num demorem a postar outro tema =/" [2] .. rsrsrsrsrs
    Xeruss .. Té+

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  5. Sentimentos são complicados. Pensamentos são esperados, são até mesmo controlados, mas não se controla o que se sente. Quanto mais penso e assim existo, vejo que as pessoas não controlam seus sentimentos. Porque podemos decidir, repensar, pensar de novo e de novo antes de falar, mas nunca, nunca, podemos controlar o que nosso coração quer dizer.

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